sábado, 6 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra comemorado no CineHistória

fotos para o blog1 O CineHistória, assim como em 2009, participa das comemorações do Dia da Consciência Negra com a exibição de um filme que certamente nos instigará um debate acalorado. Quanto vale ou é por quilo? é a obra escolhida para a ocasião. Uma produção brasileira, dirigida por Sérgio Bianchi, que entre outros também realizou Os inquilinos e A causa Secreta.

Por que discutir o tema da Consciência Negra? Certamente, não para atender a lei 10.639/03 somente. Mas porque o “Dia da Consciência Negra retrata a disputa pela memória histórica”. Os atos simbólicos, as ações afirmativas, tudo isso desperta a atenção da sociedade brasileira atual para a histórica participação dos negros como constituintes essenciais da brasilidade.

fotos para o blog

Além disso, somos a segunda maior nação negra do mundo, estando atrás apenas da Nigéria; somos um povo absolutamente resultante da miscigenação cultural de raças que precisam ser reconhecidas em suas individualidades históricas, para que não paire mais entre nós, nenhum ranço de preconceito, de racismo, para que, aí sim, possamos a ser chamados de democracia racial sem que isso pareça um disfarce, um discurso ideológico.

No quanto vale... foto 01filme de Sérgio Bianchi, vemos uma continuidade de certas situações sociais. O diretor nos mostra duas ambiências historicamente distintas: o período colonial escravista e o Brasil atual. As cenas do antigo e do novo Brasil vão sendo intercaladas como se fossem dois filmes que são projetados paralelamente. Aí somos levados a perceber como certas circunstâncias são repetidas com outros nomes apenas. Realmente enquanto não corrigirmos a gravíssima desigualdade social decorrente também da escravidão, não haverá como mudar certas situações exploradas no filme. Bom, mas essa é apenas minha opinião. Aguardo a de vocês, tanto no dia da projeção quanto aqui no blog.

Abaixo vocês conferem o trailer do filme:

Aguardo os comentários. Vamos fazer um debate aqui no blog?

18 comentários:

  1. Vamo lá meu caro Josemar: na realidade é preciso atentar para o seguinte fato: muito se fala em repor o débito histórico com a classe negra brasileira e realmente é bom que se faça isso, entretanto, não é se colovando como vítimas eternas de uma sociedade racista. É preciso, antes de cobrar uma dívida, se imporem como cidadãos detentores de direitos, valores, conhecimento, capacidades. Obviamente, não vamos fechar os olhos e achar que não há preconceito, há e muito! Por hoje é só, espero ter contribuído para o debate...fui.. Dalvan Sousa

    Acesse: www.leiturando.zip.net

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  2. Vamo lá meu caro Josemar: na realidade é preciso atentar para o seguinte fato: muito se fala em repor o débito histórico com a classe negra brasileira e realmente é bom que se faça isso, entretanto, não é se colocando como vítimas eternas de uma sociedade racista que as coisas vão mudar e o preconceito racial irá sumir da face da terra. É preciso, antes de cobrar uma dívida com a sociedade, o estado, se imporem como cidadãos detentores de direitos, valores, conhecimento, capacidades. É preciso mostrarem que são cidadãos sem, contudo fazerem-se sempre de vítimas. Obviamente, não vamos fechar os olhos e achar que não há preconceito, há e muito! Por hoje é só, espero ter contribuído para o debate...fui.. Dalvan Sousa

    Acesse: www.leiturando.zip.net

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  3. Somos convidamos a adentrar numa nova estapa histórica, a Consciência Negra,que dia 20 de novembro é seu dia e seu grito inquietante dos negros que formaram a mão de obra escrava nesse país chamado Brasil, e Josemar no cine historia, vem nesse DVD que será apresentado, do qual já o assitir, um retrato de um Brasil de pele morena, que o arte cinematrográfica puxa da dos documentos nacionais, sua inspiração-documento, e que no desenrolar do andamento desse incrivel filme veremos que para muitos a escravidão ainda está acontencendo, o povo ainda depende de pequenas ajudas e desconhecem direitos, deveres e obrigações. Por exemplo aquela senhora que carrega uma criança junto ao seu carro de lixo, e ainda dá graças a Deus, porque o sistema o impregnou na formação da miséria e, para os presidentes essa plataforma está segura, mas para nós que viveciamos injustiças sociais e queremos promoção humana, aquela criança deveria está na escola, não num lugar surja e sujeito a bactérias e outras doenças respiratórias ou pulmonares mais graves. Eu se pudesse comentaria mais a riqueza de interpretação que tem o filme anunciado,mas é bom todos oa alunos do EJA assistirem; como amigo cooperador do cine história, veja que é um trabalho para ser premiado e expandido, quero dizer isso livremente, pois sou voluntário na educação nunca ganhei uma prata, mas vejo como educador que muito se tem a melhorar, e nada me impede de ajudar, faço isso pelos alunos e pelo grande amigo Josemar e toda equipe do CEJA, do qual sou aluno e AMIGO DA ESCOLA, como falei só entro na minha hora, sou palestrante convocado, nunca pedindo ou sendo exigido, sou livre e aposto na minha cidade, e sei que o cine história em muitos estados já são exibidos para os vestibulares o s filmes em relatórios solicitados. O Brasil deu-se o grito de independência, mas ainda está na ar e pedente esse grito, assistindo QUANTO VALE E É POR KILO? Veremos um país em débito, trabalhista,monetário, juridico e fiscal, uma nação com uma chaga social, a ser curada e o remédio é educação...educação... educação...!

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  4. Dalvan, concordo com você. A maioria da sociedade brasileira é vítima de preconceito. simplesmente por ser pobre. Mas o racismo é uma violência moral que está além da simples condição de despossuído. Temos que falar contra isso. Mas, claro, é preciso que esse discurso esteja aliado a uma prática de luta pelos direitos por todos nós, independentemente de nossa cor de pele.

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  5. Zé, quando assisto a filmes como esse Quanto Vale ou é por Quilo? Me sento impotente e um pouco até desesperançoso. Será que não vamos mudar? Será que não vamos melhorar? Como podemos repetir situações tão humilhantes? Como podemos reproduzir em 2010 situações da época da escravidão? Ao mesmo tempo tenho esperança que aquilo que a gente pode aprender a partir de agora nos sirva para criarmos um futuro diferente de esquema de inalterações históricas.

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  6. Ao assistir filmes como esse e outros que retratam tão bem a realidade preconceituosa brasileira, é possível ver como o ser humano não se preocupa com o próximo, não valoriza o respeito mútuo entre as pessoas de um modo geral. É muito fácil ser próximo de quem nos é próximo. Quero ver é quando vamos conseguir enxergar no outro a imagem de nós mesmos. Posso está sendo pessimista, mas eu acho utópico pensar que chegará o dia em que viveremos numa sociedade igualitária, respeitável e muito menos sem preconceito.
    Muito se fala no preconceito racial, mas eu acho que existe muitos outros tipos de preconceitos na sociedade brasileira, talvez até no mesmo nível do preconceito de cor. E o preconceito do ter menos dinheiro, ser pobre ou rico? E o preconceito social das classes elitistas? Posso está enganada, mas no Brasil existe muito mais gente preocupada com o seu próprio umbigo do que com o outro, seja no poder público, seja na igreja, seja no setor privado, seja nas ONGs, etc., etc. Professora Sandra

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  7. Como é bom vê o desempenho do cine história, na produção do filme: QUANTO VALE OU É POR QUILO? O auditório estava completo além dos alunos do EJA, os do CURSINHO e uma boa gama de professores que viram o desenrolar do tema sobre a escravidão e, todos estavam muitos atentos, e que ao término, um grupo inclusive alguns alunos da URCA, presente no momento onde ficaram de acessar e comentar o blog.
    Comentando o filme mais uma vez, o nosso país, apesar da escravidão já ter passado documentalmente falando, mas ainda se vê gente, que em pleno 2010 vivem terríveis cenas de ESCRAVIDÃO e desconforto social, o drama frizado pelas associações, o enriquecimento das licitações,os prêmios, e a covardia elítica, embuída em desvio de verbas e exploração da miséria e ainda dizendo que o solidário e a fraterna ajuda, é quem gera renda e riqueza nesse país. A trama da escravidão foi a mais terrível viagem do ato escavatista vivem pelo povo brasileiro. O ator Lázaro Ramos, um dos maiores da REDE GLOBO, desenvolve se incrível papael de vingança pela dívida e miséria aumentado com faça de ajuda.
    Aquestão do Capitão do Mato, num retrato atual, a figura temível vive no centro da trama, o crime avança, e a filosofia entra no toque frasal:" A PAZ SOCIAL NÃO PODIA SER PERTURBAÇÃO DA ORDEM BRANCA." Isso vem de encontro com os contratos e a revoltado de quem vê perder o emprego ser colocado no centro da festa, a riqueza e bebidas e o deboche dos ricos.
    A educação do CEJA passa pelo autonível de conhecimento e estrutura, a crítica dos alunos e o jeito no de observar a nação e a escravidão de trabalhos indígnos e de assistências aos pobres com documentário mentiroso, a dor humana desrespeitada, o negro, sem estudo e sem oportunidade ainda vive uma outra etapa de escravidão e miséria, O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, nada melhor do que o filme QUANTO VALE OU É POR KILO?
    Caro leitor, conheça seu país, seus desvios suas chagas sociais do poder e sistema de domínio e escravidão, num país que é a segunda nação negra do mundo, os "Peles morenas" não vivem sua cidadania e respeito humano, dos quem vivem a escravidão querendo trabalhar e sua dignidade e direitos não recompensam a mísera paga pelos patrôes, outra filosofia entra no questionamento: " ME PREOCUPA É O SILÊNCIO DOS BONS!" E nisso aumenta as disigualdades socias, e a GEOGRAFIA DA FOME tem seu grito na CONSCIÊNCIA NEGRA, nesse semana que vivemos, 20 de novembro, educaçao, mostre o espelho de uma sociedade que precisar livrá-los os menos favorecidos da escravidã imposta pelos brancos e ricos, no país dos pobres, chamdo BRASIL!!! ZS>>>

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  8. É verdade Sandra, entre nós seres humanos pairam diversos tipos de preconceitos. É lamentável que no ano 2010 da era cristã ainda estejamos falando sobre isso. Seria bom que não houvesse necessidade. Mas infelizmente há. E em relação ao preconceito de cor, acho importante toda essa sistemática de combate, pois só com medidas afirmativas compensaremos uma passado de desigualdade.

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  9. Zé, obrigado mais uma vez pela presença e pela ajuda. Seus comentários são sempre pertinentes. É uma pena que os outros não tenham seu entusiasmo. Mas sinto que dessa vez teremos uma participação maior no blog. Gostei muito da presença de Tiago, Valdir, e dos garotos e garotas do cursinho, além, é claro, das turmas das professoras Ruth e Margarida. Acho que foi muito produtivo. Vamos aguardar o posicionamento dos nossos colegas e vamos debater com eles. Até mais, amigo Zé Santana!

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Thiago Salviano Nascimento:

    A questão do preconceito racial, infelizmente, ainda está arraigada em nossa sociedade. A questão primordial não é tornar os negros eternas vítimas de uma antiga sociedade escravista, e sim perceber que em pleno século XXI ainda mantemos essa herança. Sábias foram as palavras do professor Josemar, quando disse que preferia não ter que ainda falar sobre essa questão, pois, meus caros, ela já devia ter sido superada, o racismo é um retrocesso, e o filme mostra isso muito bem quando retrata as mesmas cenas de antes acontecendo hoje, com apenas algumas modificações, e o pior: são os mesmos agentes que continuam essa arbitrariedade, e novamente o filme nos mostra isso quando utiliza os mesmo personagens em ambos os momentos históricos discutidos: o passado e o presente.

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  12. olá amigos do cinehistoria,tudo bem? logo antes de mais nada quero ressaltar,que esse projeto que tem por titulo:CINEHISTORIA esta a cada dia efetivamente ascendendo.Não poderia ser diferente pois tem no comando a genialidade do professsor JOSEMAR MEDEIROS CRUZ,e o apoio permanente do poeta e escritor ZÉ SANTANA.pois bem em mais uma excepicional exibição do cinehistoria,não poderiamos deixar de fora o dia nacinal da CONCIÊNCIA NEGRA,comemorado em 20 de novembro em referência a data da morte de ZUMBI,lider negro que lutava e comandava o forte e resistente QUILOMBO DO PALMARES.E o filme que abrilhantou a noite não poderia ser outro,como josemar me disse caiu como uma luva.QUANTO VALE OU É POR QUILO? É mais uma genial produção do cinema brasileiro,o mesmo faz uma analogia com a escravidão no passado e na contemporaneidade,relatando o duro dia do negro na sociedade brasileira,tanto na época da escravidão como nos dias atuais.Mostrando o quanto a sociedade ainda quarda ranços contra os afrodescendentes na atualidade.Para muitos leigos e preconceituodos,deixo o meu recado de desabafo indagando.Sera que o brasil foi formado
    apenas por bracos como europeus e até mesmo os
    indigenas? A verdade é que afigura do branco sempre foi enaltecida e suprema quem nunca leu sobre os desgarrados navegantes ou até mesmo sobre os grandes imperadores,enquanto o negro era capturado pelo capitão do mato e açoitado pelo capataz.porque na sociedade atual muitos continuam açoitando e desprezando o negro?.Ou sera que a miscigenação e a democracia não é válida? ou você faz parte de um grupo de alienados que não consegue perceber que o negro também é ser humano? você já ouviu falar em PELÉ ou até mesmo em um dos maires pensadores mundiais o geógrafo MILTOM SANTOS.É como miltom falava é dificil ser intelectulal e negro ao mesmo tempo. VALDIR ESTRELA!!!!!!!!!

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  13. Obrigado Valdir. Todos nós fazemos o CineHistória. Se você acha que ele é um projeto que faz sentido, que contribui para o debate histórico, se estimula as pessoas a gostarem e estudarem mais história, então esse é um sucesso seu também, pois todos nós somos responsáveis pelo projeto.

    Que bom que você gostou do filme. Quanto vale ou é por quilo? é um filmaço realmente. Espero contar com a tua presença no grupo de estudo da relação entre história e cinema. Quando quiser me entrega um DVD virgem e eu gravo pra você os artigos que a gente vai discutir o ano que vem.

    Obrigado pela participação. Em breve colocarei as fotos do evento da consciência negra. Até mais!

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  14. Tiago, acho que usar os mesmos atores nas cenas antigas e recentes foi a grande sacada do filme. Assim ficou um lance performático, mas atingiu o objetivo de despertar no espectador o continuísmo da realidade histórica brasileira. É uma pena, realmente, que tenhamos de tratar desse problema ainda hoje.

    Obrigado pela participação. Vamos atiçar o pessoal para ir se preparando para o grupo de estudo. Vamos ver se a gente começa em janeiro. Até mais!

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  15. Bom,primeiro sobre o filme,excelente!!!!! E como você mesmo falou a gente se sente impotente diante dessa situação. infelismente não temos poder pra mudar essa situação, o filme é um tapa na cara daqueles safados que estão no poder,mas eles não ligam pra isso eles viram é a face pra bater do outro lado, o importante pra eles é grana. Vamos esperar que Deus coloque alguém nesse mundo capaz de consertar tudo isso. ( Desculpa ai o comentário bobo ) Inté!!!

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  16. Bem... Levando em consideração todos os fatores cruciais geradores de preconceitos, afirmo por meio deste que até outrora acreditava-se que o preconceito racial estava diretamente ligado ao baixo nível cultural das massas, mas após um estudo detalhado, pude perceber que a situação é ainda mais grave, pois o preconceito racial ultrapassa as barreiras sociais, atingindo o rico e o pobre.

    É com um enorme pesar que observo as manifestações anti-raciais. A julgar que o Brasil é um país multi-étnico, como levantar a bandeira do preconceito?

    Simas

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  17. E ao falar em preconceito, acho pertinente trazer a este espaço uma amostra do que é a discriminação racial.

    http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2010/11/tecnico-da-italia-fica-revoltado-com-cantos-racistas-para-mario-balotelli.html

    Esse é um link para o site do globoesporte onde rrelata o caso do jovem atacante italiano, Mário Balotelli, que por ser negro e de descendencia africana, é alvo de cânticos racistas de sua própria torcida. Casos que ja tornaram-se comuns ao jovem atacante de 20 anos, chegando ao extremo da torcida ficar de costas após um gol em Pequin durante as olimpíadas.

    SIMAS

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  18. O esporte, Diego, deveria nos servir para superar esse tipo de imbecilidade. Mas, para alguns imbecis, parece não haver limite. Onde eu disse imbecis, por uma questão de nível, quis dizer pessoas de pouca inteligência.

    Valeu, cara! Na postagem mais recente estamos discutindo o significado do termo Consciência Negra e lei de cotas, etc. Leia lá a opinião do pessoal.

    É um prazer voltar a ter contato contigo. Até mais!

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