Em outubro, mês das eleições no Brasil, o CineHistória debate um tema que infelizmente vem perdendo o foco nas propagandas eleitorais: a desigualdade social no Brasil. Esse, que é o ponto de atravancamento de nossa sociedade, deve, ou deveria ser, a preocupação de um país que se encontra nas mais horrendas estatísticas no que se refere a qualidade de vida de sua população.
Para instigar nossas discussões, as professoras colaboradoras do Projeto História e Cinema, Ruth e Margarida, estão trabalhando desde o começo do mês alguns textos que discutem o problema da desigualdade social em nosso país. O que historicamente provocou essa tão acentuada desigualdade? O que podemos fazer para amenizar esse problema? São alguns dos questionamentos explorados nos textos e que certamente serão elementos presentes na pauta de discussão que faremos após a exibição dos filmes.
Digo, dos filmes, porque no nosso próximo encontro exibiremos quatro curtas-metragens. Isso mesmo, iremos mudar um pouco nossa metodologia de trabalho dessa vez para dar espaço a produções geniais que geralmente não chegam ao grande público, mas precisam ser assistidas e discutidas. O curta-metragem é um exercício cinematográfico maravilhoso, que sintetiza uma idéia em um curto espaço de tempo e consegue nos dizer às vezes mais do que aparenta nos dizer.
Começaremos nossa programação pelo belíssimo Ilha das flores, que Jorge Furtado dirigiu em 1989 e provoca uma inquietação irresistível. O valor do dinheiro, das pessoas, da liberdade. A coisificação do ser humano e a bestificação da sociedade de consumo são tratadas nesse filme com uma sensibilidade e dinâmica textual poucas vezes vista.
Após a exibição de Ilha das Flores, faremos um pequeno debate sobre as principais idéias contidas nele, sempre relacionando aos textos que as professoras apresentaram antes em suas aulas. Bem, seguindo nossa programação, exibiremos o sensacional Um pouco mais um pouco menos, de Marcelo Masagão. O roteirista e diretor desse curta é o mesmo que dirigiu um dos melhores documentários da história do cinema, e que infelizmente é pouco conhecido até mesmo no Brasil: Nós que aqui estamos por nós esperamos. Certamente ainda será exibido em nosso projeto. Um pouco mais um pouco menos trata das desigualdades, mas não só do ponto-de-vista material, mas cultural, espiritual, etc.
O terceiro filme que exibiremos é A História das Coisas, da ativista Annie Leonard. Inserimos esse curta-metragem em nossa programação porque entendemos que a corrida desenfreada pela produção de bens materiais, além de contribuir para a degradação do meio-ambiente, agrava o problema da desigualdade social porque leva as pessoas a uma corrida desigual pelo ter.
Para finalizar, o curta metragem Vida Maria. Animação, dirigida por Márcio Ramos em 2006, este filme fecha a nossa programação porque atesta uma realidade que infelizmente não desejamos constatar. A educação, que deveria ser a mola-mestra para atenuar as desigualdades, a partir da idéia central de que ela tem a missão de gerar oportunidades, infelizmente não atinge esse objetivo. A verdade é que ainda não conseguimos evitar o ciclo vicioso de gerações e gerações de pessoas que começam a estudar mas abandonam a escola.
Assim como ao final de Ilha das Flores, sempre antes de começarmos a próxima exibição, faremos uma reflexão coletiva do que foi apresentado anteriormente. Assim vamos pontuando mais claramente os elementos presentes em cada filme. O que não é possível quando se trata de um longa-metragem, torna-se uma vantagem com os curtas, que como tem em média 10 minutos, podemos ir intercalando as discussões com as projeções.
Bem, pessoal, vou postar aqui no blog o link para vocês assistirem a um dos filmes que serão exibidos no CineHistória: Ilha das flores. No entanto, gostaria que todos comparecessem a exibição para que pudéssemos assistir juntos e debatermos os conteúdos dos filmes. Obrigado de antemão pela presença de todos.
Espero os comentários. Até mais!
Ilha das flores é um dos muitos filmes que faz você pensar como o ser humano é capaz de desvalorizar tanto o outro, muitas vezes, valorizar menos as pessoas que os animais. Esse filme nos leva a refletir sobre como devemos evitar o desperdício de tudo na nossa vida e como devemos valorizar o pouco que conquistamos no dia-a-dia com o suor do trabalho. Mas não pude deixar de me envergonhar de mim mesmo por fazer parte de uma raça tão insensível e egoísta, na maioria das vezes. Professora Sandra
ResponderExcluirA desigualdade social, é o mais terrível que existe no Brasil, essa terra abençoada por Deus e bonita por natureza, porém a fome e amiséria, assolam nosso povo, como são demonstrados nesses vídeos, de sul e sudeste, norte e nordeste do Brasil, o povo vive mal, em desequilíbrio e desajuste familiar, e o pior que isso é maioria, pois enquanto os pobres não querem estudar e são desativados do trabalho mais dependem dos ricos,a situação se agrava, e as campanhas de dar pequenas ajudas e não oportunidades e soluções está afundando a nação como diz um médico escritor: A GEOGRAFIA DA FOME,está impregnada nas nossas regiões, principalmente o NORDESTE, onde é o pior que existe os governos dessa terra gostam de gente que dependam e não estudem, vejo o que o governo LULA fez criou as olimpíadas de matemática, com isso ele quer cegar o povo, e tê-los sobre controle, porque ele não faz de português e Literatura ou história e biologia, e aplica conhecimentos filosóficos e investe na leitura e no conhecimento dimensional. O que eu acho mais vergonho é ele dar uma taxa dizendo que a classe média cresceu em média 50% quando na realidade é mentira dele, quem é classe média é independente não depende de bolsas e ajuda do governo, isso é tapar o sol com a peneira, a nossa realidade social é dolorosa, nosso país teve na minha opinião um dos piores presidentes, fazendo sua plataforma na miséria querendo ter o povo no controle, como fez Getúlio Vargas com o populismo,criou a carteira de trabalho, e os sindicatos, mas no controle do estado, aí um dos escritores de visão escreveu o " ROUBO DA FALA " , porque amordaçou, os sindicalista, Lula fez Plataforma da misdéria para controlar o povo e amordaçar, mas o povo não é besta, e a chapa esquenta nessa política, e o espaço de Lula se Deus quizer está chegando ao fim.
ResponderExcluirAs desigualdades sociais tem muito a debater,
Embrace to you, teacher, in the CEJA the future is here!!! ZS >>> Cooperador do projeto Cine história, OK?
Sandra, temos sorte por ainda sermos sensíveis. Quando chegarmos ao ponto, digo nós como coletividade, de não se sensibilizarmos, ou de não utilizarmos a arte para estimular essas reflexões, aí estaremos acabados. O grande desafio nesse instante é: estando sensibilizados, mudarmos nossa atitude em relação a sociedade materialista e desumana.
ResponderExcluirGrande Zé Santana, um abraço!
ResponderExcluirA diferença é algo inerente a natureza humana, mas a desigualdade de oportunidades, não. Agradeço mais uma vez sua ajuda como aluno colaborador. Acho que vamos fazer um interessante debate nessa quarta-feira. Espero que pessoal compareça. Mas sei que você estará lá. Se você encontrar o pessoal: Valdir, Tiago, Miguel, avisa pra eles que amanhã tem sessão do CineHistória! Valeu!!! Até amanhã!
Josemar - Nossa grandeza não é de dinheiro, mas da alma que busca o conhecimento, e a tem como instrumento a grande moeda de transformação social,a EDUCAÇÃO, um meio uma chance de arbitrar, defender e iluminar gerações. Todo Presidente da República, seja ele quem for, se quer mesmo diminuir as desigualdades sociais, a grande válvula de escape, é sem dúvida nenhuma a EDUCAÇÃO E SEUS AVANÇOS TENCNOLOGÍCOS acesiveis a todo e qualquer cidadão, quer deseja progredir e sonhar com dias melhores,
ResponderExcluirILHA DAS FLORES; UM POUCO MAIS UM POUCO MENOS E VIDA MARIA, neles se focam atuação do cinehistória de encontro com a realidade, em caminhos de liberdade, hoje foi um dia especial, a sala estava lotada de alunos tanto do EJA quanto do pré- vestibular( Revisão de estudos), e ainda o acompanhamento das professoras e RUTH E MARGARIDA, concentradíssimas juntamento com seus bons e educados alunos, muitos comentaram e levantaram sua voz. Os pré- vestibulando, do qual também faço parte, debateram indagaram e apontaram a EDUCAÇÃO como pilastra.
Josemar fiz parceria com você com cooperador, porque sou uma pessoa que acredito na ferramental educacional de primeira linha, e o cine história, como um meio de se aprender mais, e despertar outra visão a respeito do assunto e captar a mensagem, não tem nemhuma aula que se compare a um filme(DVD) e a palestra esclarecedora do professor que os acompanha, os estudantes saem prazeroso foi o que foi visto, os diretores do CEJA, LEDINHA E JOSMEY, documentaram cada momento, o cine história é especial.
Agora fechando nosso comemntário, é difícil dizer qual melhor dos três vídeos, ILHA DAS FLORES; UM POUCO MAIS UM POUCO MENOS E VIDA MARIA, porque um é seguencia do outro, é um Brasil de norte a sul, leste e oeste, ou melhor de sudeste, sul, nordeste e norte, somatórias de problemas uns de fácil superação, outros de regarçar as mangas e resolver problemas que a estatístca aponta, outro, somente a EDUCAÇÃO e a SAUDE, o controle de natalidade, também entra, os direitos e deveres de cidadão, que devem procurar o que lhe é de direito, trabalho, assistêcia, educação, direitos e vida digna, resume, os documentários que assistimos, parabéns, ESCOLA CEJA, Diretores, alunos professores, e funcionários em gerais.
Embrace to you, Teacher, Josemar and equip,
In the CEJA the future is here!!! ZS >>>
mil perdões amigos do cinema e história,mas não fui informado do filme,já que estou muito ocupado,não tenho muito tempo para olhar no blog ou ir até mesmo no ceja,pois pensei que seria na sexta-feira como sempre,mas depois vou comentar mesmo assim. valdir estrela.
ResponderExcluirPois é; Ilha das flores foi pra mim um dos melhores documentários sobre desigualdade social que ja assisti.Como outros ja devem ter comentado, um filme para a gente refletir muito sobre nossa vida, que as vezes nos aborrecemos por tão pouco.Esse é um país que vai pra etnerf, até quando?
ResponderExcluirUma pena, Valdir. Fou uma noite especial como escrevi na última postagem. Se você tivesse lá, engrandecerei ainda mais nosso debate. Mas, Valdir, só um detalhe. Desde que voltamos em agosto, as apresentações estão sendo nas quartas-feiras. Não teremos mais cinehistória nas sextas. Acesse o meu orkut emanda um convite para mim, que eu fico te atualizando das datas. Até!!!
ResponderExcluirCaro Nego, até quando? Acho que até nos acordarmos para uma dura realidade: não existe o mundo da miséria e o nosso. É uma mesma realidade, que começa a bater em nossa porta. Sinceramente, acho que temos pouca chance de vencermos essa batalha por uma sociedade mais justa. Mas se não começarmos a tentar...
ResponderExcluirolá,tudo bem? infelizmente não pude assistir o filme com vocês, mas felizmente a geografia de MILTOM SANTOS,YVES LACOSTE e entre outros grandes geógrafos, que trataram e tratam á desiguldade social como um dos grandes temas de suas obras, me dá o respaldo necessário para discutir sem assistir.pois essa temática que assola a humanidade sempre esteve presente na sociedade e um dos grandes contribuintes é o nosso sistema "socioeconômico" que para mim, é só econômico pois busca puramente o capital sem visar o bem social.VALDIR ESTRELA.ATÉ A PRÓXIMA.
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