quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cruzada


Nesta semana o CineHistória exibe o filme Cruzada, dirigido por Ridley Scott e escrito por William Monahan. Ambos conseguiram imprimir uma perspectiva positiva a essa parte trágica da história mundial, criando um trabalho de entretenimento épico, que busca e consegue encontrar honra, romance e até redenção espiritual em meio à matança. Com produção e elenco brilhantes -- aliás, essas são as marcas registradas dos trabalhos de Ridley Scott --, "Cruzada" é cinema em grande escala e, ao mesmo tempo, nos lembra que, no conflito entre a cristandade e o Islã, foram os cristãos que começaram a briga.

É fundamental lembrar sempre aos alunos do Projeto História e Cinema que o filme não vai substituir a aula e um bom tempo dedicado à leitura de textos sobre as cruzadas medievais é imprescindível, pois trata-se de assunto complexo e extremamente importante para entendermos o mundo que se gesta nesse conflito. E claro, perceber as suas repercussões ainda hoje.

No filme, Orlando Bloom representa o herói Balian, que acaba de enterrar sua mulher na França, em 1184 (ela se suicidou após a morte do filho bebê). É quando chega um cruzado, Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), que busca recrutas para a causa da defesa da terra santa, ameaçada pela invasão muçulmana. Godfrey de repente se declara pai de Balian e pede a este que vá com ele à Terra Santa para recomeçar sua vida.

A ação do filme acontece durante o reinado em Jerusalém do rei cristão Balduíno IV, que criou uma paz frágil para manter o exército de Saladino à distância e permitir que as três religiões monoteístas - cristianismo, islamismo e judaísmo - praticassem sua fé na cidade. Como sabemos, na crença daqueles povos Jerusalém é o verdadeiro reino dos céus -- "um reino da consciência, um reino da paz.". Ali, um camponês pode reinventar-se como cavaleiro, jurando fidelidade a ideais nobres tais como "falar a verdade", "proteger os fracos" e "fazer o bem".

É um bom filme porque nos possibilita discutir as fronteiras da fé e da ação política. E principalmente, fazer-nos perceber que se o governo desses povos não fosse ocupado muitas vezes por radicalismos, por pessoas não interessadas em construir a paz, não entraríamos no século XXI sem dar cabo das questões de fronteira entre as nações que vivem na “terra santa”.

Usem esse espaço para comentar o filme. De alguma maneira ele contribuiu como estímulo para o estudo das cruzadas? Professores de História, vocês já usaram esse filme em suas aulas? De que maneira? Com que resultados?

Espero a participação de todos os leitores! E até o próximo filme.

Em breve postarei uma lista de sites que discutem a relação entre História e Cinema. Até lá!

2 comentários:

  1. O filme as cruzadas, é uma superprodução fantástica, olhando do lado da arte e maravilhosa engenharia de montangens de cenas, podemmos acompanhar o inquieto desenrolar de um momento forte da era cristã, suas lutas e suas cruzadas que se dizia uma guerra de paz, dentro da era medieval torna-se um conflito duradouro e terrível em nome da fé a bandeira sagrenta se levanta. Lembrei-me do filósofo Voltaire quando nos seus escritos fala da ignorância da fé, o fantatismo, foge a razão e desmorona a paz que parecia sonhada, no então se vê tantos sangue derramado.Quem assite CRUZADAS depara-se com fatos históricos,documentos, que em parte é ficção e em parte adentra a realidade passada de lutas e destinos quem não levam a vê o catolicismo com bons olhos, mas com bandeira de guerra e sustentáculos enganosos e envolvimentos dramaticos na esteira do tempo de um palco bonito do lado cinematográfico, mas do lado real uma drama dolorosa que choaqualha a fé e a paz quase não se tem resultado.
    Asista CRUZADAS, com olhos críticos, e senso de visão que vê o certo e o errado, ou o totamente errado...

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  2. O amigo Josemar, fez esse blog com muita didicação e carinho, devido seu amor tanto pela história, pois é graduado na mesma, e seu amor extraordinário na duplicidade de unir história e cinema, fez a junção que tornou-se painel, a ser analizado, não só pelo o Zé Santana, mas por todos os estudantes na escolaridade, médio e universitário. Aqui está uma riqueza histórica de um cunho apresciável e dinâmico que faz muito bem ao leitor, tenho a felicidade de poder fazer paceria e acompanhar momentos de reflexão encantadoras de um apaixonado pela arte cine-história. É valioso vê alguém que utilizar seu belo QI para ajudar jovens estudantes a conhecer melhor a história e adentrar na cinemalogia, fantastico, de quem fez com amor e vontade de ver progresso estudante e ajuda na entrada universitária, deixo meu abraço ao amigo professor Josemar de Medeiros Cruz, que amizade é uma raridade e falar a mesmo lingua é algo divino, Deus está no seu caminho e no meu para pasar a história a limpo e selecionar o bom gosto e o prazer e acompanhar a arte em unidade, cine-história, Valeu!

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